Maçons fornecem novo lar a católicos, seu templo.

A maioria dos maçons estão cientes de que a Igreja Católica Romana não aprova seus paroquianos se tornarem membros da fraternidade. A posição dos maçons, por outro lado, não tem restrição em relação aos católicos ou qualquer outra religião.

Em uma história curiosa ocorrida em Boston, um pequeno grupo de católicos independentes, ocuparam ilegalmente um edifício da igreja Católica Romana, fechada por mais de uma década, contra a vontade da Arquidiocese de Boston. Seu movimento começou simplesmente como uma tentativa dos antigos paroquianos para salvar sua igreja, mas por causa do conflito, eles foram forçados a conduzir os seus próprios trabalhos, tornando-se independentes. Para manter a posse, seus membros mantiveram uma vigília de 24 horas por quase doze anos, com alguns membros dormindo no prédio.

Depois de mais de uma década de disputas legais, os Friends of St. Francis X. Cabrini (nome adotado pela nova congregação) finalmente foram derrotados nos tribunais, e tiveram que deixar o local e encontrar uma nova casa para os suas reuniões. Este local foi fornecido pelos Irmãos da Satuit Lodge em Scituate, seu próprio templo.

Recorte do artigo no site Boston.com por Allison Pohle:

Agora, Tutunjian e uma dúzia de outros paroquianos se encontram na Satuit Lodge de maçons, um grande prédio amarelo com persianas verdes e colunas brancas que está a menos de duas milhas da igreja que ocupavam há mais de 11 anos. Apesar de terem 3.000 paroquianos registrados, Jon Rogers, porta-voz da igreja, disse que por volta de 40 a 100 pessoas assistem à missa todas as semanas.

Robert Smith, mestre da loja, disse que nunca teve um pedido do grupo da igreja para fazer reuniões dentro do templo. Ele nunca tinha ouvido falar de alguém como os paroquianos de St. Frances.

“Eu tinha seguido a sua história e eles tem muita dedicação”, disse Smith. “Eu só sabia que uma organização de pessoas boas dentro de nossa comunidade precisava de ajuda, e isso foi o suficiente para nós. Nós queríamos ajudá-los”.

“Nós dissemos que não iríamos entrar em vigília aqui”, disse Maryellen Rogers, outra porta-voz da igreja e esposa de Jon.

“Para fazê-los se sentir em casa, dissemos que sairíamos”, disse Smith. Rogers riu.

A primeira missa foi realizada 05 de junho, exatamente uma semana depois de saírem  da antiga igreja. Os amigos fizeram com que eles não perdessem um domingo.

“Quando dizemos alguma coisa, queremos dizer isso”, disse Jon. “Nós dissemos que iríamos perseguir todas as vias legais. Nós fizemos. Nós dissemos que íamos ficar juntos. Nós ficamos. E nós só estamos crescendo. “

Os paroquianos têm anunciado sua nova congregação como uma igreja, que eles chamam de “A Una, Santa, Católica e Apostólica”, para aqueles sem casa. Eles querem dar um espaço para aqueles que foram feridos em algum relacionamento com a igreja anterior, mas também para aqueles que querem experimentar o catolicismo. Jon disse que já tinha um punhado de novos paroquianos. Enquanto a velha congregação foi conduzido exclusivamente por paroquianos, o novo trabalho é dirigido pelo Rev. Terry McDonough, que é casado e tem, há muito, um desacordo com a Igreja Católica.

“Eu dormi na igreja toda terça à noite por quase 12 anos, mas nunca assumi o papel de um padre, então eu não arruinei a santidade da vigília”, disse ele. “Mas agora eu estou fazendo o que eu suponho ter que fazer”.

Para preservar a memória da vigília, a congregação irá realizar um trabalho paroquiano cada mês. Mas em uma recente manhã de domingo no início de julho, eles estavam seguindo um trabalho mais tradicional – em seu próprio estilo.

Paroquiana de longa data, Susan Lynch dedilhou uma guitarra acústica e cantou uma canção chamada “Todos são bem-vindos neste lugar”. Cerca de 40 pessoas lotaram a grande sala de reuniões da loja e assentos em grandes bancos de pelúcia. Não tinha ajoelhadores. Um altar tinha sido criado em uma mesa dobrável no meio da sala com uma Bíblia e um cálice. Em vez de ficar de frente, os paroquianos ficaram um de frente para o outro.

McDonough conduziu a missa, em seguida, se juntou a eles no térreo para o café e muffins. Agora que a vigília terminou, a hora do café tornou-se o principal tempo para a socialização. Entre aqueles que conversavam, a novata era Jane Trettis. “Eu nunca fui a uma missa católica em um templo maçônico antes”, disse Trettis. “Estas pessoas trabalharam tão duro e é bom que eles têm um espaço”.

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Traduzido à partir do texto de Christopher Hodapp