Juiz proíbe emblema maçônico em lápide de antigo maçom

Um juiz proibiu uma família de ter o esquadro e o compasso, emblemas da maçonaria, gravados na lápide de um maçom que morreu depois de dedicar grande parte de sua vida à organização.

William Kenneth Wilson, que morreu em Julho de 2012 e que dedicou mais de 40 anos a Maçonaria, foi enterrado no jardim da igreja de Grau 1, do século 12, St Oswald´s Church na área rural de Dean em Cumbria, Inglaterra. Grau 1 se refere a uma classificação de edifícios na Inglaterra, neste caso, trata-se de uma construção classificada como “construção de interesse excepcional para a Inglaterra e País de Gales”.

Abaixo a localização das lápides no jardim da igreja:

Sua sobrinha, a senhora Dorothy Stubbs, solicitou para a igreja da England’s Consistory Court, o qual aprova questões como o que é colocado em lápides, permissão para ter o emblema do esquadro e compasso do maçom no túmulo do seu tio.

Ele teve grandes cargos na maçonaria e foi Grão-Mestre Provincial representando o país em casa e no exterior em diversas ocasiões.

Há uma estimativa de seis milhões de maçons em todo o mundo e o Grão-Mestre em seu país (Inglaterra) é o Duque de Kent, que é primo tanto da rainha, quanto do Duque de Edimburgo.

O Conselho da Igreja Paroquial de St Oswald não tinha objeções a que o emblema fosse incluído na lápide.

Mas Geoffrey Tattersall QC, chanceler da Diocese de Carlisle em sua competência como juiz da Corte do Consistório, disse “Não”. Ele disse que seria “prejudicial” e “inadequado” para ele permitir isso.

Em uma decisão que pode irritar os maçons, ele menciona um relatório sobre a Maçonaria intitulado “Maçonaria e Cristianismo”: Essa compatibilidade foi debatida pelo Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra em 1987.

Ele continuou: “O relatório afirma que ficou claro que alguns cristãos têm encontrado um impacto perturbador dos rituais maçônicos e alguns notaram como eles são nitidamente maus. Alguns acreditam que rituais maçônicos são blasfêmia porque o nome de Deus não deve ser tomado em vão, nem pode ele ser substituído por uma amálgama de nomes de divindades pagãs”.

Ele disse que as primeiras objeções teológicas do Sínodo eram centralizadas no uso da palavra “Jahbulon” na Maçonaria, que era o nome usado para o Ser Supremo em rituais maçônicos e que era uma fusão dos Deuses semita, hebraico e egípcios para a Maçonaria.

Apesar do fato de que “não houve evolução formal” desde o debate de 1987, ele rejeitou os argumentos apresentados pela sobrinha do Sr. Wilson e de Keith Hodgson, o Grão-Mestre Provincial da Grande Loja Provincial de Mestres Maçons da Marca de Cumberland e Westmorland.

Sr. Hodgson salientou que emblemas são encontrados em lápides por toda a área. E a senhora Stubbs argumentou que era extremamente difícil de entender como um emblema ou insígnia das Forças Armadas é permitido em lápides e o esquadro e o compasso, que ela disse ser “inofensivo”, não pode.

No entanto, ao proibir a inclusão do emblema na lápide do Sr. Wilson, o chanceler Tattersall disse que quando o Sínodo Geral debateu a compatibilidade da Maçonaria e o Cristianismo, uma maioria considerável decidiu que havia uma série de razões muito fundamentadas para questionar se eram compatíveis e foi uma abordagem compartilhada por outras denominações cristãs.

Ele disse que os epitáfios das lápides “podem refletir a vida, o trabalho, interesses ou preocupações do falecido”.

Mas ele continuou: “Estes devem ser totalmente compatível com a fé cristã, tendo em conta a controvérsia quanto à Maçonaria, eu acredito que seria prejudicial para o jardim da igreja e inadequado, permitir um símbolo tão controverso como pretendido pela requerente, a ser adicionado ao memorial de um falecido”.

“Portanto, julgo improcedente o pedido do solicitante”.

Fonte: http://www.telegraph.co.uk/news/2016/10/09/judge-bans-freemasonry-emblem-from-gravestone-of-senior-mason/

 

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